Rio Grande do Sul pede socorre
O ano de 2024 tem sido marcado por eventos climáticos que causaram um grande estrago no estado do Rio Grande do Sul. Milhares de famílias perderam seus bens, suas casas e até seus entes queridos; o caos tomou conta das cidades inundadas por metros de água. Nessa situação, criminosos e oportunistas se aproveitam das vulnerabilidades das pessoas para cometer diversas atrocidades, aumentando ainda mais o caos.
Buscamos neste artigo elaborar um breve resumo sobre os eventos ocorridos no Rio Grande do Sul e abordar algumas iniciativas humanitárias atuando no estado. Apesar da catástrofe ter sido evidenciada no final de abril de 2024, o Centro Nacional de Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu um alerta em setembro de 2023. A nota técnica publicada no dia 09 de setembro de 2023 aborda um sistema frontal de características quase estacionárias que permanecia na região do estado, provocando um volume muito grande de precipitação. Com forte influência do fenômeno “El Niño”, essa ocorrência se dá pelo encontro de frente fria que se desloca desde a Argentina e se une a um corredor de umidade proveniente da Amazônia, formando uma área de baixa pressão que se estaciona na região do estado do Rio Grande do Sul, aumentando o volume pluviométrico.
Não é a primeira vez que o Rio Grande do Sul sofre com uma catástrofe desse tipo. Em maio de 1941, um evento similar ocorreu no estado, resultando na elevação de mais de 4 metros no nível do rio Guaíba e provocando uma tragédia muito parecida com a atual.
Apenas no primeiro trimestre de 2023, o estado gaúcho arrecadou mais de 11 bilhões de reais em impostos estaduais. Segundo a plataforma IMPOSTÔMETRO, o estado gaúcho contribuiu com mais de 175 bilhões de reais apenas no ano passado. A falta de uma infraestrutura capaz de conter os problemas causados pelo excesso de chuvas na região sul não é justificada por falta de dinheiro público.
Em meio a essa tragédia, várias iniciativas surgiram para remediar a situação gerada com a catástrofe ocorrida neste ano. Desde pessoas que se voluntariaram para ajudar até doações vindas de todo o Brasil e de outros países, empresas e empresários se solidarizaram com a causa. A emissora de televisão SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) enviou diversas carretas com doações para a população afetada pela tragédia. Além disso, a campanha “Juntos pelo Rio Grande do Sul”, promovida pelo grupo Silvio Santos juntamente com a emissora, arrecadou donativos por todo o país.
A AMBEV, empresa brasileira fabricante de bebidas, suspendeu a produção de cerveja na fábrica de Viamão, em Porto Alegre, para produzir água potável enlatada a fim de abastecer as vítimas das enchentes no estado.
O empresário Luciano Hang, fundador da rede de lojas Havan, desempenhou um papel significativo na resposta humanitária às enchentes. Ele cedeu seus helicópteros para apoiar as equipes de resgate atuantes na região e fez uma doação de produtos de suas lojas, arrecadando um grande montante em dinheiro. Além disso, o empresário Elon Musk contribuiu significativamente com a região. Sua empresa de internet via satélite, a Starlink, disponibilizou 1.000 terminais para auxiliar nas atividades dos socorristas. Todos os terminais na região serão oferecidos gratuitamente até que a situação se recupere.
Com a plataforma AJUDA RS, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) juntamente com a Pastoral da Comunicação RS (PASCOM RS) lançou a plataforma AJUDA RS para conectar pessoas dispostas a ajudar com aquelas que precisam de assistência. Essa ferramenta digital centraliza informações sobre as necessidades de doações nas dioceses, paróquias e comunidades, facilitando o processo de contribuição.
Uma iniciativa que chama a atenção é a vaquinha criada pelo humorista Eduardo Gustavo Christ, conhecido como Badin. Por meio dessa vaquinha, milhares de vítimas em diversas cidades receberam ajuda humanitária. Nossa plataforma também contribuiu com a vaquinha do humorista Badin, e se você quiser contribuir, deixamos um link que direcionará você para a vaquinha.